domingo, 24 de julho de 2011

Loucura boa!


Não quero tanto me guiar pela razão
Viver não é exato, nem provável, nem religião
Viver as vezes é feito água fria, que é melhor…Não pensar demais
Se atirar de vez e ver que tanto faz
A água fria no pensamento gela mais
E faz durar bem mais o frio que se vai

Não quero tanto me confortar na solidão
Correr é verdade feito o sol, a lua e a estação
Um dia surge sem aviso um desafio
Que fará…Não pensar demais
Se atirar de vez e ver que tanto faz
A chuva fria em pensamento faz cantar
E faz amar bem mais o céu azul
…solo

Eu quero todo esse desejo que é te ver
Amigos e ruas, palavras nuas, vão me aquecer
Corpos que brilham no escuro das ideias
Que farão…Acender a paz
O "Faz-de-conta" não sabe contar
Loucura boa, ter nascido e então chorar
Quem nasce chorando já nasce sabendo amar

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fugir, ficar

Por vezes, quero tanto errar
Mas em pleno engano acordo
Ainda que temeroso, à passos curtos
Não fosse tão somente medo, me acharia louco
Mas tão normal que é, essa coisa que cantam
Tão normal que é, a vergonha de cantar
Sim! Do mesmo jeito que o desejo, é a fuga
A desculpa repetida tantas vezes
Fugir de alguém que não a si
Mentira que até criança duvida
Ri, a criança que baba, espirra
Ri, a criança que, por ver-se crescida, vê-se altiva
Chora, quem quer a vida
Finge, quem a esnoba
E triste, seco, padece
Feito robô que se enxerga e logo vê
Existe, além de ver, e quem dera, tudo esquecer
Louco! Completo louco, quem não se deixa ser

domingo, 3 de julho de 2011

Aos jogadores, a chance.

Sugestão: Ler ouvindo a música que fiz durante todas as idas e vindas da escola. Basta clicar no link abaixo (Se o link for direto para a pagina da música, volte e clique com o direito no link e escolha "abrir em nova aba").
http://cl.ly/443I453m2U2G0g3k1w2J


Fui um bom aluno no Ensino Médio, dos 26 aos 27 anos. Atrasado até demais, ainda que sempre chegando na hora e tendo praticamente nenhuma falta. Quieto, atencioso, respeitador, ainda que antes tenha sido por muito tempo, da turma dos que faltam, incomodam, ficam no fundo amaçando algum papel para jogar em alguém. De fato, aprendi que matar aulas é um favor, pois do contrário, mata-se o prazer das aulas de quem precisa e quer muito aprender. Jamais julgarei mal os que participam da turma do fundo, eles têm algo mais que problemas, eles têm obrigações que culturalmente não puderam perceber ainda a importância. No fervor da batalha, há quem queira e tenha que resolver tal impasse, e de fato percebe que mais uma vez o tempo que poderia ter sido usado para dar aula, foi usado para sermões que apenas entram nos ouvidos de quem não precisaria ouvir. Punir ainda é a regra na cultura de todos, e por via das dúvidas, a ideia perdura porque parece funcionar indefinidamente, aqui e ali, ninguém sabe como. Não há tempo ainda para que alguém pense em outra alternativa, assim como não há tempo para o professor exercer como bem quer seu cargo. Aqui deixo, neste texto, minha profunda alegria de ter visto como é a realidade, que de alguma forma desenrola-se no meio de tanto caos, tanta incerteza, e torna-se um desafio e nada mais. Não há impossibilidades nem qualquer distância imensurável. Não há qualquer barreira intransponível, por mais que pareça ter. Há qualquer coisa feito as palavras de Louis Armstrong, negro, no mundo dos preconceitos raciais, que desmantela qualquer possível ideia suicida quando diz: "What a Wonderful World".