segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fugir, ficar

Por vezes, quero tanto errar
Mas em pleno engano acordo
Ainda que temeroso, à passos curtos
Não fosse tão somente medo, me acharia louco
Mas tão normal que é, essa coisa que cantam
Tão normal que é, a vergonha de cantar
Sim! Do mesmo jeito que o desejo, é a fuga
A desculpa repetida tantas vezes
Fugir de alguém que não a si
Mentira que até criança duvida
Ri, a criança que baba, espirra
Ri, a criança que, por ver-se crescida, vê-se altiva
Chora, quem quer a vida
Finge, quem a esnoba
E triste, seco, padece
Feito robô que se enxerga e logo vê
Existe, além de ver, e quem dera, tudo esquecer
Louco! Completo louco, quem não se deixa ser

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