terça-feira, 26 de junho de 2012

Piruli


Esse dog querido aí tem música. Certa vez ele andou fazendo baderna na rua, e  apareceu machucado em uma das patas da frente. Incrível a maneira dele chegar, batendo timidamente a porta daquele jeito meio cachorro de ser, meio arranhando, meio batendo, enfim, o que fez meu pai atender a porta. Logo que abriu, o Pirulito caiu no chão. Tinha o olhar triste, assustado, de um jeito "pidão" nunca antes visto na história desse país. Felizmente ele nos tem, pois rapidamente o cobrimos, alimentamos e sobretudo, demos carinho, até que chegasse o veterinário para busca-lo. O jeito dele me desconcertou, me encheu de amor, de vontade de ficar abraçado nele durante dias. Então eu fiz essa música, que me faz pensar na bondade e na inocência do meu dogão. Te amo Piruli!



quinta-feira, 21 de junho de 2012

No fundo


“It’s a shame…”, diz a letra. Escuto a música como se a tivesse escrito, e me sinto calmo, mesmo que no fundo sempre com a visão de um fantasma que dizem, anda por aí, escondido em algum lugar, perto de mim. Quem sabe está em toda parte, um pouco aqui, ali, numa complexa mistura de outros jeitos, um punhado de alguém que misturou-se aos revezes da pureza que existira entre nós, expandindo, combinando, recriando-se, copiando aqui e ali, mais e mais vozes que gritam, alegram, cantam, mais abraços, recomeços, novas manias e risos. Porém, distante ainda rumina um rapaz cansado, talvez de tanto acreditar no que já sabia antes, de alguma forma, que podia terminar assim, no fino soprar de uma duna que se desfaz lentamente, sem razão qualquer, inofensiva, quieta, ligeiramente lisa com apenas os desenhos de ondas que o vento ajudou a formar, deixada ali por acaso, a duna, a qual ninguém mais deixa pegadas, como qualquer coisa que existe em qualquer lugar enquanto estou de olhos fechados, pensando em tudo ou nada que possa existir, ainda que ciente de que apenas vejo inflar meu ego, um pleno desejo de me perdoar, uma pena de mim mesmo, essa coisa estranha que é a consciência, tão desajeitadamente fiel na sua proposta, sua família de sentimentos tantos que parecem brotar de lugar nenhum, qualquer coisa que sempre existiu e parece ter surgido ali, naquele instante, tão brilhante que é a nossa "lâmpada", nossa mente, nossa alma cheia de tudo, feita de poeira de estrelas, de tempo, tanto tempo... É quase impossível conceber a imensidão que passou até que eu pudesse nascer, e talvez as ilusões tenham seu devido papel em nos ajudar a entender na medida do possível esse mar de tanto e tão pouco, da mais bela simplicidade de um Dente de Leão, à mais próxima galáxia que avistamos em transe, envoltos de uma incerteza que imprime no olhar o sentimento de estar, de ser, de apenas existir e não saber ao certo até que ponto tudo faz sentido, ao mesmo tempo que de certa forma, sim, tudo faz, modela, trabalha minuciosamente para que se possa existir, um único sentido.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Alegria de Verdade


Eis que me deparo com uma antiga música que fiz e gravei há cerca de 4 anos atrás. Me deu até vontade de grava-la novamente, pois me emocionou de alguma forma, não sei, o tempo transforma a maneira como enxergamos as coisas fazendo com que a cor, a névoa que paira no ar, o perfume, o jeito de uma outra época, se tornem delírios que nos arrebatam, nos levam e trazem de volta com mais cores e sabores que antes.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ensejo de Boas Vindas



Olhe fundo nos olhos de todos. Saiba ver com as mãos, ouvir na imaginação,  seja fulminante, toque. Seja ofuscante, perturbe os tímidos, os assuste com suas próprias fraquezas. 
Seja puro sangue, ferido à ferir, exposto, acidentado, o que sobrou da guerrilha.
Aproveite o desastre, aprenda a esquecer. Saiba apreciar as ilusões, pois elas estarão sempre ao redor e não importa o quanto se pode entendê-las, não haverão batalhas que nos protejam de nossas decisões.